SUSPEITO

Cid movimentou dinheiro com suspeitos no caso da vacina falsa de Bolsonaro, diz Coaf

Movimentação é apontada como "lavagem de dinheiro" e envolve suspeitos próximos de Bolsonaro

Cid já chegou a ser interrogado na CPMI dos Atos GolpistasCréditos: Lula Marques/Agência Brasil
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Segundo um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o tenente-coronel Mauro Cid movimentou verbas com pessoas envolvidas na falsificação de comprovantes de vacinação.

Cid é apontado como uma das figuras centrais no movimento golpista bolsonarista e como peça-chave na operação Venire, que investiga a falsificação de cartões de vacina, incluindo do ex-presidente da República.

De acordo com o documento do Coaf, Cid recebeu ou depositou dinheiro nas contas do sargento do Exército Luis Marcos dos Reis, que fez parte da ajudância de ordens de Bolsonaro, de Max Guilherme Machado de Moura, que estava envolvido diretamente na segurança de Jair Bolsonaro e do médico Farley Vinicius de Santana.

Max Guilherme e Luis Marcos dos Reis já estão presos. Luis, por exemplo, é o homem acusado de fazer movimentações para pagar débitos da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e e de sua família.

Farley é sobrinho do sargento Luís Marcos e trabalhava como médico plantonista em Cabeceiras (GO). Ele seria o responsável por fornecer cartão de vacinação em branco para Cid.

 "Considerando a movimentação atípica, sem clara justificativa e as citações desabonadoras em mídia, tanto do analisado quanto do principal beneficiário, comunicamos pela possibilidade de constituir-se em indícios do crime de lavagem de dinheiro, ou com ele relacionar-se", diz o Coaf

Segundo o relatório, Cid movimentou mais de R$ 3,2 milhões de reais em um intervalo de 6 meses, apesar de receber, no período, R$ 26 mil em salário bruto.