Na batalha sem fim contra membros da cúpula do judiciário, aliados de Jair Bolsonaro (PL) - que já se referiu a Alexandre de Moraes como "canalha" - anunciaram que vão pedir o impeachment do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que esteve no 59º Congresso da União Nacional dos Estudantes na noite desta quarta-feira (12).
Vaiado e tratado como "inimigo da enfermagem e articulador do golpe de 2016" em uma faixa assinada pela direção da UNE, o ministro - que suspendeu o pagamento do piso salarial para enfermeiros após aprovação pelo Congresso em setembro de 2022 - reagiu mirando o governo Bolsonaro e a Ditadura Militar.
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“Já enfrentei a Ditadura e já enfrentei o bolsonarismo, não me preocupo (...) Saio daqui com as energias renovadas pela concordância e discordância porque essa é a democracia que nós conquistamos", declarou o magistrado.
“Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, afirmou ainda.
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Pelo Twitter, na manhã desta quinta-feira (13), a deputada Bia Kicis (PL-DF), uma das mais radicais apoiadoras de Bolsonaro anunciou a decisão dos aliados, alegando que ao falar do "bolsonarismo", Barroso agiu "contra uma força política".
"O Ministro do STF e do TSE , Barroso, afirmou em evento da UNE que venceu o Bolsonarismo. Em evento político partidário confessou que atuou contra uma força política. Gravíssimo! Nós, da oposição, entraremos com pedido de impeachment", tuitou.
Em nota, a direção da UNE afirmou que "repudia" as manifestações contra Barroso que, segundo a entidade, seriam "antidemocrática" e partiriam de "grupos minoritários.