O deputado bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) está cada vez mais enrolado depois das declarações racistas e criminosas que ele fez durante participação em um podcast.
Nesta sexta-feira (30) as deputadas federais pelo Psol Erika Hilton (SP), Luciene Cavalcante (SP), Célia Xakriabá (MG) e Talíria Petrone (RJ) ingressaram com uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) por crime de racismo contra Gayer. Junto ao Ministério Público Federal (MPF), as parlamentares apresentaram uma ação civil pública por danos morais coletivos em desfavor do bolsonarista.
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As medidas das parlamentares somam-se às já adotadas pelo ministro dos Direitos Humanos, Sílvio Almeida, que acionou a Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado; da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e do advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, que determinaram que a Procuradoria-Geral da União (PGU) estude medidas jurídicas cabíveis para que o parlamentar bolsonarista seja punido pelas declarações racistas.
Entenda
Em entrevista ao podcast Três Irmãos que vem repercutindo nas redes sociais, Gayer concordou com uma fala do apresentador de que macacos teriam o QI maior que a de pessoas que nasceram em países da África.
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Além de incorrer em flagrante desrespeito para com os povos africanos, Gayer ainda sugeriu que os eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva são burros. As falas do bolsonarista possuem clara conotação racista e podem configurar, inclusive, o crime de injúria racial, cuja pena, prevista na Lei 14.532/2023, é de 2 a 5 anos de prisão, além de multa.