Desde que despontou nos últimos cinco anos como uma espécie de paquita da extrema direita no país, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já foi gravado em muitas situações vexatórias e constrangedoras, sobretudo durante os quatro anos em que esteve no Palácio do Planalto. Mas, convenhamos, fazer papelão com todo o staff a que tem direito um chefe de Estado é uma coisa, já repetir a dose fora do cargo e sem a mesma pompa pode se tornar ainda mais ridículo.
Bolsonaro esteve nesta quinta-feira (22), dia em que se iniciou seu julgamento no TSE que pode torná-lo inelegível, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Logicamente, ele precisava dar uma valorizada no passe, que anda em baixa, e para isso adotou um antigo procedimento: transitar pendurado do lado de fora de um automóvel.
O problema é que a cena mostra um Jair Bolsonaro sem a sua pilha de guarda-costas do GSI e sem a comitiva numerosa a que estava acostumado no quadriênio em que brincou de presidente em Brasília. Com um assessor o “sarrando” na porta traseira e um senhor também pendurado na parte dianteira do carro, o líder de extrema direita saiu por uma avenida com o corpo inteiro do lado de fora do veículo e acenando para ninguém, já que as imagens mostram a via totalmente vazia.
Como se não bastasse a vergonha, a atitude de Bolsonaro é considerada uma infração grave no Código Brasileiro de Trânsito (CBT), que em seu artigo 235 prevê multa para quem “conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados”, com a determinação de que as autoridades apreendam o veículo.
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