LAVOU A ALMA

VÍDEO: O momento histórico em que Contarato humilha Moro na sabatina de Zanin

Senador do PT subiu o tom e desmascarou ex-juiz na sessão para sabatinar o advogado que foi aprovado como novo ministro do STF

Fabiano Contarato e Sergio Moro.Créditos: Agência Senado
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O senador Fabiano Contarato (PT-ES) protagonizou um momento histórico no Senado, nesta quarta-feira (21), durante sabatina do advogado Cristiano Zanin, indicado do presidente Lula que foi aprovado para ser o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)

Após o senador Sergio Moro (UB-PR) dizer que a indicação de Zanin ao Supremo é "grave" e que "fere o princípio da moralidade" pelo fato do advogado ter atuado na defesa de Lula, Contarato fez uma intervenção em que impôs humilhação ao ex-juiz

Em sua fala, o senador do PT relembrou as articulações ilegais entre Moro, quando era juiz da Lava Jato, com o Ministério Público Federal (MPF), o que fez, inclusive, que ele fosse declarado parcial pelo STF e que as sentenças contra Lula fossem anuladas, e citou ainda o fato do ex-juiz ter se tornado ministro do governo Bolsonaro após, como magistrado, ter ajudado a elegê-lo por meio da retirada de Lula da corrida eleitoral. 

"Grave para mim, senhor presidente, é um juiz ficar em conluio com o Ministério Público vilipendiando a Constituição e o princípio de paridade de armas. Grave para mim é esse juiz, ex-juiz, sair da magistratura e ingressar no governo de quem ele ajudou a eleger. Grave para mim é esse ex-juiz depois sair do próprio governo e acusar o ex-presidente de interferência na Polícia Federal. Isso para mim é o mais grave, isso é violar o princípio da moralidade, violar o princípio da legalidade", disparou Contarato.

"Grave pra mim é, num Estado Democrático de Direito, um juiz ser rotulado como parcial. Essa é a demonstração inequívoca de que isso é o ápice do comportamento mais inadequado que um magistrado possa ter. Não soube se portar como juiz. Com um comportamento de uma pessoa que violou aquilo que é mais sagrado dentro do código de processo penal que é o princípio de paridade de armas, dentro de um processo penal em que se ficava em conluio com o Ministério Público conduzindo a investigação. Os fins não justificam os meios", emendou o petista. 

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