Jair Bolsonaro (PL), ainda que com milhões de fanáticos seguidores e uma bancada incendiária e bárbara no Congresso Nacional, segue no limbo e largado pelos principais operadores do universo político de Brasília. Para piorar sua situação e seu futuro, no próximo dia 22 terá início o julgamento que deverá deixá-lo inelegível por oito anos, o que na prática deve encerrar de vez sua carreira política. No entanto, uma atitude do ex-presidente de extrema direita vem irritando o governo Lula (PT) e causando constrangimento institucional.
Em algumas redes sociais, o ex-mandatário que foi derrotado em sua tentativa de reeleição segue se apresentando como presidente da República. No LinkedIn, por exemplo, sua bio mantém-se como “Presidente da República – Governo do Brasil – janeiro de 2019 até o momento”, mostrando que ele estaria no cargo, portanto, por 4 anos e seis meses. O LinkedIn é a mais importante rede social para profissionais no mundo.
Já no Facebook e no Twitter, Bolsonaro permanece fazendo publicações que supostas ações que teriam ocorrido durante sua gestão, ou seja, no passado, usando verbos no presente, como se fossem atos realizados neste momento, embora o presidente desde 1° de janeiro seja Luiz Inácio Lula da Silva. Publicando desta forma, os algoritmos muitas vezes direcionam para esses posts como se fossem “notícias” atuais, o que vem causando bastante constrangimento ao Executivo de agora.
Embora a situação já esteja claramente “chata”, não há nada por ora que o governo Lula possa fazer. Talvez acionar a direção dessas plataformas fosse uma forma de pleitear alguma solução, mas o que se diz em Brasília é que a gestão atual não pretende fazer absolutamente nada em relação à “vergonha alheia” do ex-presidente radical.