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Desprezível: Lava Jato de Moro e Dallagnol debochou das mortes dos parentes de Lula, recordam internautas

Lembrança vem como reação de usuários das redes sociais ao fato de Moro ter usado o adjetivo "desprezível" para se referir àqueles que têm comemorado a cassação de Dallagnol

À esquerda, Dallagnol e Moro, os dois principais nomes da Lava Jato; à direita, Lula ao deixar o velório de seu neto Arthur.Créditos: Eduardo Matysiak/Ricardo Stuckert
Escrito en POLÍTICA el

O senador Sergio Moro (UB-PR), que já figura nas apostas de alguns congressistas como o próximo parlamentar a ser cassado, voltou às redes sociais nesta quarta-feira (17) para se manifestar contra a cassação de seu amigo da operação Lava Jato, o ex-procurador e agora ex-deputado Deltan Dallagnol.

O ex-juiz classificou como "desprezível" o fato de, supostamente, "pessoas do governo" estarem "comemorando" a perda do mandato de Dallagnol, com que foi flagrado fazendo um conluio contra investigados da Lava Jato em seus tempos de magistrado. 

"É desprezível ver pessoas do Governo comemorando a cassação de um deputado federal (Deltan Dallagnol), ainda mais de um com histórico de combate à corrupção e desvio de dinheiro público. Coisa de gente pequena. Era esse o Governo que ia pacificar o país?", escreveu Moro. 

Recordação de ato desprezível da Lava Jato

A postagem de Moro sobre a cassação de Dallagnol gerou péssima repercussão. Usuários das redes sociais, ao responderem ou compartilharem a publicação, recordaram o ex-juiz que desprezível mesmo foram as condutas de procuradores da operação Lava Jato, incluindo seu amigo Dallagnol, que foram flagrados pela série jornalística Vaza Jato fazendo deboche das mortes de parentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em mensagens no Telegram. 

Quando a ex-primeira-dama Marisa Letícia sofreu um AVC em 2017, pouco antes de falecer, Dallagnol escreveu a seguinte mensagem aos seus colegas de Lava Jato: “Um amigo de um amigo de uma prima disse que Marisa chegou ao atendimento sem resposta, como vegetal”. O procurador Januário Paludo, então, ironizou: “Estão eliminando as testemunhas...”.

Logo após a morte cerebral da esposa de Lula, a procuradora Laura Tessler escreveu: “Quem for fazer a próxima audiência do Lula, é bom que vá com uma dose extra de paciência para a sessão de vitimização”. Jeusa Viecili, por sua vez, debochou: “Querem que eu fique pro enterro?”

Em janeiro de 2019, quando Lula estava preso em Curitiba e um de seus irmãos, o Vavá, morreu, a situação se repetiu. No grupo de procuradores da Lava Jato, Dallagnol iniciou a conversa sugerindo proibir o presidente de ir ao velório de seu ente querido: "Ele vai pedir para ir ao enterro. Se for, será um tumulto imenso”

O procurador Athayde Ribeiro Costa, na conversa, foi cruel: sugeriu levar o corpo de Vavá ao local onde Lula estava preso. "Leva o morto lá na pf”, escreveu. “O safado só queria passear e o Welter com pena”, disse então o procurador Januário Paludo. 

O mesmo tom de deboche e frieza dos integrantes da Lava Jato se observou em março daquele ano, quando o neto de Lula, Arthur, morreu aos 7 anos. 

"Preparem para nova novela ida ao velório”, escreveu Jerusa Viecili. “Putz… no meio do carnaval”, respondeu Athayde Ribeiro Costa, em meio a inúmeras mensagens irônicas dos outros procuradores. 

Confira abaixo a repercussão nas redes à publicação de Moro