Tarcísio de Freitas (Republicanos), o governador de São Paulo que foi a grande aposta, e vitoriosa, de Jair Bolsonaro (PL) na eleição de 2022, deu mais uma declaração que desagradou a trupe de fanáticos que venera o ex-presidente de extrema direita. Embora tenha aumentado as críticas ao governo de Lula (PT) ultimamente, o chefe do Executivo paulista vinha sendo muito atacado no começo do ano por manter uma relação civilizada e respeitosa com o novo ocupante do Palácio do Planalto.
Entretanto, sua entrevista ao empresário Abílio Diniz, para o programa ‘Caminhos’, da CNN Brasil, que irá ao ar nesta quarta-feira (10), parece ter criado uma nova rusga com os bolsonaristas, que voltaram a criticá-lo nas últimas horas por conta de uma “lista” citada por Tarcísio durante o papo com o antigo dono do Pão de Açúcar.
Falando sobre os possíveis presidenciáveis de 2026, o carioca que administra o estado mais rico e populoso do Brasil mencionou nomes fortes e prováveis os dos governadores Romeu Zema (Novo-MG), Raquel Lyra (PSDB-PE), Eduardo Leite (PSDB-RS) e Ratinho Jr. (PSD-PR), além o do próprio presidente Lula (PT), deixando Bolsonaro de fora.
A atitude foi vista como uma nova “traição” do ex-ministro da Infraestrutura, alguém que, para os extremistas bolsonarista, deveria ser totalmente devoto ao padrinho e expoente máximo do “movimento” ultrarreacionário. A omissão do nome de Bolsonaro também foi vista como uma possível aceitação por parte de Tarcísio de que ele em breve estará inelegível em decorrência de algum dos vários processos aos quais responde.