Em depoimento à Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (26), Jair Bolsonaro deu uma desculpa esfarrapada para explica a publicação de um vídeo, dois dias após os atos terroristas, em que propaga a tese de fraude nas eleições presidenciais.
A publicação foi o principal motivo que levou o ministro Alexandre de Moraes, a incluir o nome de Bolsonaro entre os investigados pelos ataques de apoiadores à sede dos três poderes no dia 8 de janeiro.
Após deixar a sede da PF em Brasília, um dos advogado de Bolsonaro afirmou que a publicação do vídeo teria sido feita de forma "acidental".
"Sobre esse post, tanto a postagem foi acidental que ele não fez nenhum comentário e apagou logo na sequência. Presidente quando saiu de férias, ele tratou a eleição como página virada. Então, em momento algum você vai encontrar alguma declaração dele declinando que a eleição tenha sido fraudada. Em momento algum isso é falado", afirmou o advogado.
Em seguida, o ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, Fabiio Wajngarten tentou eximir Bolsonaro de culpa em fala bastante exaltada.
"O presidente repudiou na noite do 8 todos os acontecimentos lamentáveis que ocorreram aqui em Brasília. Fim da eleição, o presidente virou a página política dele, o presidente enfrentou um processo de erisipela [doença de pele] severo, o presidente não recebeu pessoas no Palácio, o presidente não articulou politicamente, o presidente se fechou e no [dia] 30 viajou para os EUA, onde permaneceu até o fim de março", afirmou.