Dois militares de confiança máxima se incumbiram de transferir e armazenar na fazenda do ex-piloto Nélson Piquet os mais de oito mil itens recebidos de presente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A operação começou dez dias antes de terminar seu mandato. Bolsonaro responsabilizou o coronel e ex-assessor parlamentar do comando do Exército, Marcelo Câmara, para atuar diretamente na mudança dos presentes.
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Câmara, que é segurança do ex-presidente, contou com a ajuda do subtenente do Exército Osmar Crivelatti, que também atua como assessor do Bolsonaro. Foi o subtenente quem entregou as joias e armas recebidas pelos regimes árabes, após os casos serem revelados e levarem à determinação de devolução dos itens pelo Tribunal de Contas da União.
Uma funcionária do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), que atuava no setor durante a gestão Bolsonaro, confirmou à Polícia Federal (PF) a atuação direta de Marcelo Câmara e Osmar Crivelatti no trâmite.
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Foi essa funcionária que declarou, em depoimento à Polícia Federal, que a então primeira-dama Michelle Bolsonaro recebeu em mãos, no fim do ano passado, o segundo kit de joias enviado pelo regime da Arábia Saudita e que entrou ilegalmente no Brasil.
Com informações da coluna de Bela Megale