O escândalo das joias supostamente dadas a Michelle Bolsonaro pelo governo da Arábia Saudita em 2021 e que acabaram apreendidas pela Receita Federal começam a preocupar o clã Bolsonaro após as revelações de que o ex-presidente teria recebido um segundo pacote, com joias masculinas, conferido seu conteúdo e então colocado em seu acervo pessoal.
Nesse contexto, tanto o patriarca como seus filhos mais ativos politicamente começaram a se movimentar nesta semana para pensar em uma maneira de contornar a crise. O movimento vem ao revés da conduta da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que desde o último dia 3 de março, quando o escândalo foi tornado público pelo Estadão, nega sua participação e debocha da narrativa do ex-ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia e que trouxe os pacotes para o Brasil, de que as joias seriam suas.
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De acordo com a coluna de Bela Megale, em O Globo, o próprio Jair Bolsonaro (PL) já começou a se mexer e nomeou Frederick Wassef – o advogado que escondeu Fabrício Queiroz em 2020 – para defendê-lo no inquérito que investiga o escândalo. A expectativa é de que Jair seja convocado em breve para prestar depoimento.
Wassef já defendeu o ex-presidente em uma série de outros casos e confirmou na última terça-feira (7), por meio de nota, que Bolsonaro recebeu o pacote contendo um conjunto de joias – com direito a relógio, abotoaduras, caneta e rosário – e que "agiu dentro da lei".
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Além disso, na mesma data e no mesmo jornal, o colunista Lauro Jardim noticiou que Flávio e Eduardo Bolsonaro fizeram reuniões na última terça-feira (7) com Valdemar da Costa Neto, presidente do PL (Partido Liberal) para tratar do tema.
Os irmãos teriam se reunido com Valdemar em horários diferentes e sequer teriam se cruzado. Flávio conversou com o presidente da legenda no hotel Melá 21. De acordo com a coluna, os semblantes de ambos pareciam tensos enquanto falavam sobre as joias.