Preso desde 14 de janeiro, o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres foi abandonado pelos seus 11 advogados às vésperas do início da CPI na Câmara Legislativa do DF que busca apurar os ataques bolsonaristas de 8 de janeiro em Brasília.
Torres é acusado de ter sido omisso em relação ao episódio e segue preso no 4º Batalhão da Polícia Militar do DF. No dia 8 de janeiro ele estava em viagem com a família aos EUA.
O anúncio dos advogados de que deixariam a defesa de Torres foi feito na noite da última segunda-feira (6). O pedido de renuncia não inclui explicações, foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e agora aguarda um parecer do ministro Alexandre de Moraes.
Entre os 11 advogados que abandonaram Torres está o ex-senador Demóstenes Torres (sem partido). Vera Carla Cruz Silveira, Eustáquio Nunes Silveira, Alexandre César Osório Firmiano Ribeiro, Anamaria Reys Resende, Andressa de Vasconcelos Gomes, Diego Goiá Schmaltz, Fábio Felipe Mello, Pedro Ulisses Coelho Teixeira, Thiago Santos Agelune e Ricardo Venâncio são os nomes dos outros 10 profissionais.
Apenas o advogado Rodrigo Roca, que liderava a equipe, segue na defesa de Torres. Ele ficou conhecido por trabalhar para Flávio Bolsonaro (PL-RJ), senador e filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).