VAI FICAR

Após reunião, Lula decide não demitir ministro acusado de uso indevido de recursos

Juscelino Filho (União Brasil), das Comunicações, segue à frente da pasta mesmo depois de graves indícios de ilegalidades. Comissão de Ética da Presidência entrará no caso

O ministro das Comunicações Juscelino Filho.Créditos: Agência Brasil
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Após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, foi informado de que seguirá no cargo, mesmo após a série de denúncias graves que aponta para o uso de recursos públicos de forma indevida pelo político maranhense.

Juscelino tornou-se um inconveniente e um incômodo para o novo governo do PT, uma vez que além de constranger a administração que acaba de iniciar uma nova gestão por acusações de utilizar avião da FAB e outras prerrogativas, além de receber diárias para cumprir agendas pessoais, como visitar feiras de cavalos, de forma totalmente desnecessária, ainda coloca em xeque a frágil e mal resolvida aliança entre o partido de Lula e o União Brasil, que tem por finalidade garantir governabilidade ao petista.

O União Brasil tem 59 votos na Câmara dos Deputados e nove no Senado Federal. Claro que nem todos estão alinhados com o governo atual por conta dos dois ministérios cedidos à legenda, mas acabar com este acordo agora traria muitos problemas para Lula.

“Sai há pouco do Palácio do Planalto, onde tive uma reunião muito positiva com o presidente. Na ocasião, esclareci as acusações infundadas feitas contra mim e detalhei alguns dos vários projetos e ações do ministério. Boa notícia: ainda neste mês, o presidente Lula e eu vamos inaugurar a Infovia 01, entre as cidades de Manaus e Santarém, ampliando o acesso à internet na Região Amazônica”, disse Juscelino em seu perfil oficial no Twitter depois se sair do encontro com o presidente da República, que contou também com a participação dos ministros Rui Costa e Alexandre Padilha, respectivamente da Casa Civil e da Secretaria de Relações Institucionais.

Para não dizer que a corda de alguma forma não apertou no pescoço de Juscelino, o governo federal informou que o caso das acusações contra o ministro das Comunicações foi encaminhado para análise e acompanhamento da Comissão de Ética Pública da Presidência da República.