O depoimento à Polícia Federal (PF) de uma bolsonarista de 60 anos, presa em 8 de janeiro por participar dos atos terroristas que destruíram a sede dos três poderes em Brasília, complicou uma deputada federal do Mato Grosso, que segundo a extremista detida foi quem financiou a caravana que levou os criminosos golpistas ao Distrito Federal na primeira semana do ano.
As acusações são contra a coronel da Polícia Militar do MT Rúbia Fernanda Díniz Robson Santos de Siqueira, hoje deputada Coronel Fernanda (PL). Outros dois bolsonaristas da política mato-grossense, Analady Carneiro da Silva e Rafael Yonekubo, ambos do PTB, mas que não se elegeram, são acusados pela terrorista. As informações são do site do Uol.
“Todo mundo que vem nesses ônibus vem de graça e recebe todas as refeições de graça. Os três coordenam grupos de WhatsApp e organizam caravanas para Brasília já há dois anos; que tais caravanas tinham por objetivo o apoio ao então Presidente Bolsonaro, tais como fizeram por ocasião dos desfiles de 7 de setembro e 15 de novembro de 2021 e 2022”, diz Gizela Cristina Bohrer, a mulher de 60 anos presa por participação nos atos golpistas.
Para piorar ainda mais a situação da deputada Coronel Fernanda, a bolsonarista presa mostrou os três números telefônicos usados para manter contato sobre as caravanas, assim como os grupos onde as conversas ocorriam, que seguem os mesmos até hoje, ativos com os mesmos números, um deles da parlamentar.
Coronel Fernanda também compareceu à portaria do Cime (Centro Integrado de Monitoração Eletrônica), no DF, para acompanhar e recepcionar as mulheres presas por envolvimento nos atos terroristas que foram soltas nas mais recentes decisões judiciais do Supremo Tribunal Federal (STF).