SÓ PIORA

A declaração devastadora de 4 bolsonaristas do QG que incrimina o Exército

Membros do acampamento golpista foram interceptados na madrugada de 9 de janeiro pela PRF, horas depois dos atos terroristas, e deram informações comprometedoras à polícia

Créditos: Telegram
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Quatro homens que integravam o acampamento golpista instalado na porta do Quartel-General do Exército, em Brasília, deram uma declaração estarrecedora e gravíssima durante depoimento à Polícia Civil de Minas Gerais. Eles estavam nos atos terroristas de 8 de janeiro nos quais bolsonaristas destruíram as sedes dos três poderes da República, na capital federal, e depois voltaram para as barracas do QG.

Segundo depoimentos desses extremistas, aos quais o diário carioca O Globo afirma ter tido acesso, durante a madrugada do dia 9, às 2h, momento em que o governo federal já estava reunido e a Justiça tinha determinado a desocupação da aglomeração de golpistas, eles foram avisado “pelo pessoal do Exército” para deixar o acampamento, uma vez que uma operação no local já estava praticamente em curso, na verdade tendo início nas primeiras horas da manhã seguinte aos atos de terror.

A determinação para retirar o acampamento foi dada por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, mas o então comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda, ficou dificultando a ação, chegando a discutir com ministro da Justiça Flávio Dino, o que resultou num “acordo” para que ela fosse levada a cabo assim que clareasse o dia. Foi justamente aí que esses golpistas conseguiram fugir, por orientação dos próprios militares.

No entanto, eles não foram muito longe. Com roupas características dos bolsonaristas, o quarteto pegou um carro de aplicativo do QG até Luziânia (GO), local onde estava o ônibus oriundo do Guarujá (SP) que os levou para cometerem os delitos em Brasília. Horas depois, voltando para casa e trafegando pela BR-040, os radicais acabaram interceptados pela Polícia Rodoviária Federal que, não se sabe por que, levou-os para uma delegacia da Polícia Civil em Paracatu (MG). Foi nessas circunstâncias, no calor do momento e sem poderem combinar uma versão, que os quatro extremistas revelaram a ajuda dos militares do Exército na fuga do acampamento.

Eles foram fichados na DP, mas seguem em liberdade respondendo pelos crimes de atos terroristas, golpe de Estado, associação criminosa, ameaça, entre outros.