O senador Marcos do Val (Podemos-ES) ganhou notoriedade nos últimos dias por anunciar que teria tentado grampear o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com anuência de Jair Bolsonaro (PL) e articulação do ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), que, aliás, está preso.
O caso rendeu ao senador um procedimento investigatório contra ele. Um acessório inseparável de Marcos do Val é o broche que ostenta da Swat (Special Weapons and Tactics, ou Armas e Táticas Especiais, em português).
O objeto tão estimado pelo golpista é encontrado à venda na internet ao preço de US$ 11,99 (o que equivale a R$ 60,80), de acordo com O Globo.
A Swat é uma unidade policial seletiva dos Estados Unidos, na qual os integrantes são altamente treinados para enfrentar situações de risco.
Em relação ao procedimento investigatório contra o senador, Alexandre de Moraes pediu para que “seja autuada petição autônoma e sigilosa, a ser instruída, inicialmente, com a cópia do pedido da Polícia Federal para autorização da realização de sua oitiva, com o despacho de autorização e com o inteiro teor de seu depoimento”, numa menção ao depoimento prestado por Do Val na Polícia Federal (PF), na quinta-feira (2).
Moraes diz ainda na determinação judicial que o senador bolsonarista “apresentou, à Polícia Federal, uma quarta versão dos fatos por ele divulgados, todas entre si antagônicas, havendo assim a pertinência e necessidade de diligência para o seu completo esclarecimento, bem como para a apuração dos crimes de falso testemunho, denunciação caluniosa e coação no curso do processo”.
Uma outra ordem expedida pelo ministro do STF foi para que a PF junte a íntegra de todas as entrevistas dadas por Do Val até agora sobre o caso do apelidado “golpe Tabajara”, para que o juiz deixe devidamente caracterizado nos autos todas as contradições e versões diferentes dadas até o momento pelo parlamentar, a fim de descobrir se ele mentiu o tempo todo e inventou tudo ou se está mudando a narrativa para proteger Jair Bolsonaro.