A pedido da Procuradoria-Geral da República e com a aprovação do Supremo Tribunal Federal, a Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira (3) uma série de mandados de busca e apreensão e prisão preventiva contra pessoas acusadas de colaborar com os ataques bolsonaristas a Brasília no último dia 8 de janeiro. Um desses mandados é no próprio Senado Federal.
O alvo é um policial legislativo e, além do próprio Senado, a PF também o procura em sua residência. A identidade do agente ainda não foi divulgada. O que se sabe é que o agente tinha mais de 20 anos de serviço e estava prestes a se aposentar. A ação prevê o afastamento imediato do cargo e o recolhimento das armas do policial.
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Ele é acusado de omissão imprópria durante os ataques bolsonaristas às sedes dos três poderes em 8 de janeiro. Em outras palavras, teria desobedecido por omissão a ordem de combater os vândalos da extrema direita. A PGR ainda pediu que o agente fique impedido de usar redes sociais, sair do país e que seus bens sejam bloqueados. Também ficou estabelecida a proibição do policial de se aproximar do Congresso Nacional, do STF e do Palácio do Planalto.
Foi a própria Polícia Legislativa que iniciou as investigações sobre o agente após os atos golpistas e enviou uma representação à PGR na última semana. De acordo com as investigações diversos policiais se incomodaram com a reação do colega, que lembraria a comemoração de um gol, quando os bolsonaristas quebraram as paredes de vidro e entraram no Congresso.
O principal objetivo da Operação Lesa Pátria, da PF, que nesta data também cumpre mandados em outros 5 estados – Rondônia, Mato Grosso, São Paulo, Goiás e Espírito Santo -, é apreender materiais e documentos que possam comprovar as acusações. Há também uma advogada que é alvo da operação por suspeita de ter recolhido celulares de golpistas no dia dos ataques.
*Com informações do G1.