A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu rejeitar um pedido bizarro apresentado pelo deputado bolsonarista Evair Vieira de Melo (PP-ES). Em 2020, ele chegou a ser nomeado vice-líder do então governo de Jair Bolsonaro (PL) na Câmara.
O deputado queria que o presidente Lula (PT) fosse investigado por classificar o impeachment sofrido por Dilma Rousseff (PT), ocorrido em 2016, como “golpe de Estado”.
O parlamentar, como se não tivesse nada mais importante para tratar na Câmara, acionou o STF e a Procuradoria-Geral da República (PGR). Em seu delírio, ele alegou que as declarações de Lula seriam de “extrema gravidade” e se configurariam “em ação criminosa, mentirosa, falaciosa, leviana, uma verdadeira fake news“.
Por isso, ele solicitava que a Corte abrisse uma investigação contra o presidente da República por suposto "crime de responsabilidade".
Entretanto, Rosa Weber enfatizou que não cabe ao Supremo apurar eventual crime de responsabilidade. A tarefa cabe ao Congresso Nacional.
“À míngua de competência originária desta Suprema Corte, não há como dar trânsito à notícia da suposta prática de crime de responsabilidade pelo Presidente da República”, destacou a ministra.
Lula: “O que fizemos em 13 anos de governo do PT foi destruído depois do golpe”
Durante a festa de 43 anos do PT, na segunda-feira (13), Lula se referiu, novamente, ao impeachment da ex-presidenta Dilma como “golpe de Estado”, de acordo com Carta Capital.
“Qual razão melhor para a gente viver do que garantir que os Yanomami não morram mais de fome? Qual razão a não ser não ter mais pessoas dormindo embaixo dos viadutos? A razão pela qual a gente existe é mudar isso. Muitas vezes não conseguimos fazer tudo o que queríamos fazer, mas é sempre importante não perder de vista que a gente tem de tentar. Tudo o que fizemos em 13 anos de governo do PT foi destruído em seis anos depois do golpe e do mandato de um genocida que haverá de ser julgado pela quantidade de inocentes que morreram neste país”, disse o presidente Lula.