Um dos sigilos de cem anos impostos por Jair Bolsonaro (PL) durante seu mandato e cuja possível revelação está entre as mais aguardadas por grande parte da população pode estar, enfim, com os dias contados. Trata-se do sigilo sobre as informações do cartão de vacinação do ex-presidente, que pode ser quebrado nos próximos dias pela Controladoria-Geral da União (CGU).
De acordo com a coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles, a expectativa é que até o final dessa semana, na próxima sexta-feira (17), a CGU autorize o Ministério da Saúde de fornecer tais dados a quem solicitá-los através da Lei de Acesso à Informação (LAI).
A informação chega cerca de um mês após o Ministério da Saúde negar o acesso a esses dados para a imprensa. Os requerentes então foram à CGU, onde recorreram da negativa.
Em entrevista ao próprio Metrópoles, o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, afirmou que o cartão de vacinação de um presidente durante um período de pandemia não é uma questão particular de saúde, mas uma informação que deve, sim, ser considerada como de interesse público.
No final de 2021, enquanto o Brasil ainda começava a se vacinar, o então presidente declarou, em consonância com o discurso antivacina de boa parte dos seus apoiadores, afirmou que não se vacinou contra a Covid-19. No entanto, para além da autodeclaração, não há qualquer comprovação de que ele tenha, ou não, se vacinado. A principal suspeita em relação ao desnecessário sigilo é de que Bolsonaro teria se vacinado, mas buscou não se indispor com os seguidores mais radicalizados.
*Com informações do Metrópoles.