O FBI (Escritório de Investigação Federal, na sigla em inglês) encaminhou para a Polícia Federal brasileira as primeiras provas relacionadas ao escândalo das joias desviadas do acervo da Presidência da República pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e elas contrariam algumas versões e depoimentos apresentados pelos suspeitos até o momento.
A entrada dos federais norte-americanos no caso se deu após a descoberta de que o advogado do clã Bolsonaro, Frederick Wassef, foi até os EUA para recomprar um Rolex avaliado em quase R$ 250 mil que tinha sido vendido pelo general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens e tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, homem de confiança do líder extremista durante seu mandato no Palácio do Planalto.
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Segundo a GloboNews, o FBI teria descoberto que Wassef recomprou o relógio por orientação do general Cid, diferentemente do que o advogado tinha dito em depoimento. Ele afirmou que o fez de forma desinteressada, apenas para devolver o item que não deveria ter sido vendido. Os agentes estadunidenses teriam confirmado que o valor, de US$ 45 mil, foi realmente pago em espécie, o que Wassef já tinha admitido, mas por ordens do pai do ex-ajudante de ordens.
Segundo a reportagem da GloboNews, o FBI entregou documentos que mostram movimentações financeiras, além de outros indícios que devem ser utilizados como provas no inquérito que investiga o esquema de dilapidação de patrimônio público por meio da venda de bens que não eram de propriedade de Jair Bolsonaro.