A correição extraordinária da 13ª Vara Criminal de Curitiba, onde ocorreram os processos da Operação Lava Jato, identificou diversas irregularidades sob a gestão de Sérgio Moro.
Segundo o colunista Lauro Jardim e o site ConJur, durante a gestão do atual senador pelo União Brasil pelo Paraná, houve sumiço de bens e indícios de uma condução caótica dos acordos de leniência.
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Por exemplo: os itens apreendidos, como obras de arte, segundo o CNJ, não passaram por inventariado. Além disso, os membros do Conselho Nacional de Justiça, responsáveis pela correição, não conseguiram identificar uma série de bens e recursos, entre eles os confiscados no exterior.
"Transferência de patrimônio"
O Tribunal de Contas da União já havia identificado irregularidades nos processos envolvendo a Lava Jato. Em julgamento realizado em setembro, o ministro do TCU Bruno Dantas, constatou uma triste realidade sobre os processos da comarca de Sergio Moro.
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O tribunal havia identificado irregularidades na destinação de valores obtidos em acordos de leniência na ordem de R$ 22 bilhões envolvendo a Lava Jato.
“A grande verdade é que nós temos promotores e procuradores espalhados pelo Brasil que viraram verdadeiros gestores públicos. E o pior: sem a responsabilidade que os gestores públicos têm. O que está acontecendo é a transferência de patrimônio do Estado brasileiro para a gestão de agentes da lei. É disso que nós estamos tratando nesta tarde”, disse na ocasião.
Ele se referia ao escandaloso projeto dos procuradores do Ministério Público de Curitiba, que desjavam criar um fundo com recursos obtidos na Lava Jato para utilização dos próprios membros do MP, como Deltan Dallagon, cassado recentemente com base na lei da Ficha Limpa.