Pesquisa DataPorder divulgada nesta segunda-feira (2) mostra que os ataques contra a socióloga Rosângela Silva, a Janja, fazem parte de uma orquestração misógina que une extremistas radicais, aliados de Jair Bolsonaro (PL), e parte da mídia conservadora.
A própria Janja, em maio, respondeu ao texto do colunista Lauro Jardim, d'O Globo, que afirmava que a socióloga "monopoliza os almoços de Lula".
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"Bom dia!!!!! Depois do final de semana regado a puro suco de misoginia, que a semana comece com muita energia boa pra todo mundo", escreveu Janja na rede X, antigo Twitter, após a publicação do texto.
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A própria divulgação do estudo, realizado pelo PoderData - braço de pesquisas do site Poder 360 -, mostra a aversão que parte da mídia liberal conservadora tem a Janja.
"Entre quem conhece Janja, só 22% acham sua atuação positiva", diz a manchete escolhida pelo site.
No entanto, a pesquisa revela que junto com os 22% dos entrevistados que avaliam que a participação de Janja no governo "é boa para o Brasil", há outros 41% que dizem que "não afeta o Brasil".
Trocando em miúdos, 63% dos pesquisados não fazem eco aos ataques misóginos contra a socióloga, que desde o início do governo rechaçou o título machista de "primeira-dama".
Segundo a pesquisa, no universo de 74% dos entrevistados que conhecem a socióloga, apenas 28% acreditam que a atuação dela "é ruim para o Brasil".
O discurso machista não encontra eco nem mesmo entre eleitores declarados de Jair Bolsonaro (PL). Apenas 28% deles acham que a atuação de Janja prejudica o Brasil - entre os eleitores de Lula são 24%.
Entre os bolsonaristas, 18% acham a atuação da socióloga "boa para o Brasil" e 45% dizem que é indiferente. Entre os lulistas, o apoio a Janja é de 28% e outros 39% dizem que não afeta o país.
A "reprovação" de Janja é menor até mesmo que a rejeição a Lula. O mesmo PoderData mostra que 35% classificam o trabalho de Lula como "ruim ou péssimo".
O PoderData ouviu 2,5 mil em perguntas gravadas por telefone entre os dias 24 e 26 de setembro em 212 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o índice de confiança é de 95%.