Rodrigo Duarte Bastos, assessor do deputado bolsonarista Carlos Jordy (PL-RJ) foi exonerado após confusão provocada no Congresso Nacional nesta quarta-feira (18). O servidor gerou um tumulto com parlamentares governistas após o encerramento da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro.
Enquanto gravava xingamentos aos senadores nos corredores do Congresso, o celular de Rodrigo caiu na cabeça da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MT). Ele correu em tentativa de fuga, porém teve de prestar esclarecimentos à Polícia Legislativa.
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Em nota, Jordy alegou que viu "conduta incompatível com a de um assessor parlamentar". O deputado negou agressão por parte de seu ex-funcionário, mas afirmou que sua exoneração já foi determinada. O membro do gabinete recebia um salário mensal de cerca de R$ 3,7 mil com os auxílios.
Bastos acumula um histórico na política. Concorreu ao cargo de vereador em São Gonçalo (RJ) pelo PTB, porém acabou como suplente nas eleições de 2008. Nas eleições municipais seguintes, ele concorreu ao mesmo posto pelo PDT em 2012 e pelo PP em 2016, todas sem sucesso.
Em 2018, o homem de 43 anos candidatou-se como deputado estadual pelo PRTB e não foi eleito no Rio de Janeiro. Pela mesma sigla, ele tentou o cargo de vereador novamente em 2020, mas ficou na suplência.
Envolvimento em crimes
Em 2014, uma mulher denunciou o atropelamento de seu cachorro por seu vizinho, Rodrigo Duarte Bastos. De acordo com seu relato, ele teria ferido o animal ao dar ré no carro e não prestou socorro em seguida.
Rodrigo Duarte Bastos foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) por tentativa de homicídio após agredir um pastor no centro de Niterói (RJ), em fevereiro de 2017. Ele teria desferido chutes e socos na vítima devido à uma dívida no valor aproximado de R$ 40 mil. A Justiça mudou a tipificação por lesão corporal e o processo foi arquivado por desistência da vítima.
Nas eleições gerais de 2022, já como assessor de Jordy na Câmara dos Deputados, Bastos levou um soco durante comício do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em São Gonçalo. Horas antes, ele teria provocado uma confusão no evento ao xingar apoiadores do petista.
Ele estava dentro de um veículo adesivado com fotos de Lula preso e imagens da campanha de Jordy e de Douglas Ruas (PL), filho do prefeito de São Gonçalo – ambos aliados do ex-presidente e ex-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PL). Ele reduziu a velocidade ao passar por um grupo de petistas e entrou em confornto com eles.