O jornalista Chico Pinheiro compartilhou em suas redes um card que traz a imagem do ex-procurador e hoje deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) e do ex-juiz e hoje senador Sergio Moro (União Brasil-PR) ao lado de chamadas que resumem o que foi revelado pela Vaza Jato.
Em junho de 2019, o site The Intercept Brasil deu início à publicação de uma série de reportagens que ficaram conhecidas como "Vaza Jato" e, a partir de conversas interceptadas através do aplicativo Telegram, se descobriu que Moro e Dallagnol combinavam o que fazer em torno das ações no âmbito da Operação Lava Jato.
Te podría interesar
Com a divulgação das conversas, se descobriu que havia um ímpeto especial por condenar e prender o presidente Lula (PT), o que acabou por acontecer. Sem provas contra o líder petista, os representantes da extinta operação forjaram todo um processo.
Diante das revelações feitas pelo Intercept, a operação caiu em desgraça, Sergio Moro foi condenado pelo Supremo Tribunal Superior Eleitoral (STF) como "juiz suspeito", ou seja, que atuou com parcialidade na ação contra o presidente Lula.
Dessa maneira, o jornalista Chico Pinheiro compartilhou uma imagem que resume todo o escândalo em torno da ação de Moro e Dallagnol contra Lula. "O nome disso é “lawfare”. Em português da vida brasileira quer dizer safadeza, maracutaia política de juiz que usa a lei para fazer politicagem barata achando que vai se dar bem...", escreveu Pinheiro.
Deltan Dallagnol não gostou da publicação de Pinheiro e, mesmo diante de todas as conversas e provas que foram reveladas, acusou o jornalista de espalhar fake news e atacou a liberdade de imprensa.
"Alguém ainda não entendeu por que grande parte da população não confia mais na imprensa tradicional e nos grandes jornais? Por causa de pessoas irresponsáveis como esta, que publicam fake news, praticam militância política nas redações e manipulam fatos de maneira descarada", escreveu Dallagnol.
Em uma ação combinada com Deltan, o juiz suspeito Sergio Moro também respondeu à publicação de Chico Pinheiro. "O nome disso é fake news. Devia ter vergonha de se autodenominar jornalista", disse Moro.