O cerco está se fechando contra os bolsonaristas Rodrigo Constantino e Paulo Figueiredo, neto do ditador João Baptista Figueiredo. Os dois são comentaristas da Jovem Pan e moram nos Estados Unidos.
Na última semana, Constantino e Figueiredo tiveram suas contas do Twitter bloqueadas por determinação judicial. Ambos usavam a rede social para difundir fake news e pregar teses golpistas. Eles são investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) por divulgação de discurso de ódio e antidemocrático.
Na Corte tramitam inquéritos relacionados a fake news, financiamento de milícias digitais e atos antidemocráticos - todos em segredo de Justiça.
Segundo a Revista Oeste, página da internet associada ao bolsonarismo, Constantino e Figueiredo, além das contas bloqueadas nas redes sociais, sofreram mais um revés nesta quarta-feira (4). O site informa que ministro Alexandre de Moraes, do STF, cancelou os passaportes da dupla e ainda bloqueou suas contas bancárias.
O magistrado estaria tentando, no âmbito dessas investigações, descobrir se existe alguém financiando os comentaristas.
Allan dos Santos já teve passaporte cancelado
Em novembro de 2022, Alexandre de Moraes já havia tomado medida parecida com outro bolsonarista: Allan dos Santos. O ministro mandou cancelar o passaporte do blogueiro, que também mora nos EUA.
"O Ministério das Relações Exteriores recebeu ofício do STF determinando o cancelamento do passaporte em questão. O MRE não comenta casos concretos de cooperação jurídica em andamento", diz nota divulgada pelo Itamaraty à época.
Allan dos Santos é investigado nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos com ataques às instituições que tramitam no STF. Em outubro de 2021, Moraes determinou a prisão do blogueiro e e pediu para que Ministério da Justiça realizasse sua extradição. Desde então o bolsonarista é considerado foragido.
Sem passaporte, Allan dos Santos não pode deixar os Estados Unidos e nem realizar qualquer tipo de cadastro ou dar andamento em burocracias por não possuir documento válido e, se flagrado por qualquer autoridade estadunidense, pode ser deportado ao Brasil.