Em encontro com organizações e movimentos sociais nesta terça-feira (31) no Palácio do Planalto para anúncio da criação do Conselho de Participação Social e do Sistema de Participação Social Interministerial, Lula voltou a falar da tragédia Yanomami, fruto de uma tentativa de genocídio por parte do governo Jair Bolsonaro, e afirmou que vai tirar "definitivamente" garimpeiros das terras indígenas.
"Hoje eu tive com a [ministra dos Povos Originários] Sônia Gauajajara e o ministério dela ainda não está completo. Mas, o fato dela ser ministra e de termos ido visitar lá em Roraima uma terra Yanomami e ver a desgraceira que está acontecendo com aquele povo abandonado, fez com que ontem a gente assinasse um decreto para definitivamente tirar os garimpeiros das terras indígenas nesse país", disse Lula arrancando aplausos dos presentes.
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Em entrevista à Bandnews mais cedo, o ministro da Defesa José Mucio Monteiro afirmou que o decreto de Lula, divulgado na edição desta terça-feira (31) do Diário Oficial da União (DOU), permite com que os militares atuem na retirada dos garimpeiros, estimados em 70 mil só no Território Yanomami, em Roraima.
"[A crise] Tem uma origem, e nós sabemos. A presença do garimpo ilegal é muito forte e será debelada. O decreto de ontem permite que as Forças Armadas tenham um efetivo mais abrangente [na região]", disse Mucio, que afirmou ainda que convocou os comandantes das três forças para irem à Roraima na próxima semana.
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Segundo o ministro, o Exército vai fazer uma patrulha em capo para identificar os criminosos, a Marinha prestará apoio com barcos e atuará na vigilância dos rio, enquanto a Aeronáutica foi convocada para levar doações às aldeias e monitorar o espaço aéreo.
"Qualquer voo suspeito vai ser obrigado a desviar a rota e pousar numa pista para ser identificado", disse Mucio. O decreto dá aval a Aeronáutica para abater aviões que desobedecer a ordem.
Assista ao pronunciamento de Lula