GOVERNO

Ministério do Turismo nomeia ex-assessor de Cunha ligado a governo Bolsonaro para cargo de confiança

A pasta relevou o histórico de Carlos Henrique Menezes Sobral e informou que o secretario tem “capacidade técnica” para exercer o cargo

Carlos Henrique Menezes Sobral.Ministério do Turismo nomeia ex-assessor de Cunha ligado a governo Bolsonaro para cargo de confiançaCréditos: Divulgação/Ministério do Turismo
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Na terça-feira da última semana (24) foi publicada no Diário Oficial da União a nomeação de Carlos Henrique Menezes Sobral, ex-assessor de Eduardo Cunha que ocupou cargos no alto escalão do governo Bolsonaro, ao cargo de Secretário de Sustentabilidade, Desenvolvimento Territorial e Infraestrutura em Turismo, do Ministério do Turismo.

A nomeação assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, coloca Sobral em cargo subordinado apenas à ministra Daniela Carneiro, conhecida como Daniela do Waguinho. O apelido, e a consequente ligação com o homem acusado de ser miliciano no Rio de Janeiro, geraram o primeiro episódio de mal-estar do novo governo Lula.

Carlos Henrique Menezes Sobral foi nomeado em 2021 secretário-executivo da Secretaria de Governo. Subordinado apenas à então ministra Flávia Arruda. Ele tinha a tarefa de articular uma base de apoio para Bolsonaro concorrer à reeleição em 2022. Ao longo do governo Bolsonaro também atuou como assessor especial do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e no Ministério da Cidadania para o então ministro Osmar Terra (MDB-RS). Durante o governo Temer foi tido como ‘o homem das planilhas do MDB’, partido do presidente de então.

Além de Cunha e Osmar Terra, Sobral é apontado pelos meios de comunicação como um ‘apadrinhado’ do ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, também emedebista. A partir das suas ligações, a principal hipótese é de que sua nomeação, apesar do histórico no governo Bolsonaro, tenha sido indicada pelo MDB, que compõe o espectro de aliados do novo governo.

O Ministério do Turismo relevou o histórico de Sobral e a possibilidade de que desperte um segundo episódio de mal-estar dentro do governo. Em nota enviada à imprensa, a pasta informou que o secretario tem “capacidade técnica” para exercer o cargo e ainda apontou que sua experiência no Congresso Nacional pode jogar a favor do nomeado na hora de desenvolver projetos relacionados à pasta.