A Procuradoria-Geral da República apresentou nesta segunda-feira (30) a sexta denúncia em relação aos ataques bolsonaristas contra as sedes dos três poderes da República no último dia 8 de janeiro. Dessa vez, 225 bolsonaristas presos no acampamento armado diante do Quartel-General do Exército na capital federal foram formalmente acusados pela arruaça e respondem a ações penais. O total de extremistas denunciados chegou a 479.
Todos os denunciados estiveram presos nas últimas no Complexo Penitenciário da Papuda, no caso dos homens, e na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia. Na última semana o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, chegou a conclusão de que há evidências da prática de crimes por parte do grupo.
Os 225 bolsonaristas são acusados de associação criminosa e incitação ao crime. A pena para o crime de incitação pode variar de três a seis meses. Já a pena para associação criminosa pode variar entre três e oito anos. Ambas ainda preveem multa. A PGR não divulgou os nomes dos denunciados.
Assinada pelo subprocurador-geral Carlos Frederico Santos, a denúncia pede que os diferentes crimes sejam apurados separadamente e suas penas somadas. À frente do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, Santos aponta na denúncia a importância da estrutura montada no acampamento do QG de Brasília e pede que, além do processo criminal, os denunciados também paguem indenizações pelos danos ao patrimônio público.
*Com informações de O Globo e Folha de S Paulo.