Parlamentares do PSOL na Câmara dos Deputados pediram na última segunda-feira (2) a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Supremo Tribunal Federal (STF). Fora do cargo, Bolsonaro está há 2 dias sem foro privilegiado após mais de 30 anos.
A representação do PSOL aponta que Bolsonaro estimulou as manifestações antidemocráticas que contestaram o resultado das eleições e pediram um suposto golpe das Forças Armadas que impedisse a posse de Lula (PT) para que o próprio Bolsonaro permanecesse no poder. Os parlamentares elencaram 52 pontos nesse sentido para defender que Bolsonaro seja investigado no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos por atentar contra a democracia e o Estado de Direito.
“É preciso ressaltar, infelizmente, o histórico de disseminação de fake news, com intuito golpista, do ex-presidente Bolsonaro: ele, desde o início da sua Presidência, vem arquitetando o atual cenário que vivemos”, diz trecho do documento
De acordo com o documento, o ex-presidente “preparou, articulou e incentivou os protestos antidemocráticos que escalaram para atos terroristas em Brasília”. A acusação vai além e coloca que Bolsonaro se utilizou da radicalização ideológica como método para manter seus apoiadores mobilizados. Para além da prisão do ex-presidente, os deputados também pedem quebras de sigilo telefônico e de mensagens em aplicativos, assim como mandados de busca e apreensão a aliados, familiares e entorno de Bolsonaro a fim de obter provas.
“Tal postura de atacar as instituições responsáveis pelo processo eleitoral, somada a completa ausência de uma declaração dirigida a seus apoiadores reconhecendo sua derrota no pleito, demonstram de maneira inconteste que Jair Messias Bolsonaro está deliberadamente mantendo sua base radicalizada ativa, o que culminou em diversos atos criminosos e terroristas ao redor do Brasil, configurando uma verdadeira organização criminosa contra a democracia”, diz outro trecho da ação.
A petição é assinada por todos os deputados federais eleitos em outubro pela legenda. São eles Guilherme Boulos, Chico Alencar, Glauber Braga, Talíria Petrone, Tarcísio Motta, Vivi Reis, Sâmia Bomfim, Luiza Erundina, Pastor Henrique Vieira, Ivan Valente, Érika Hilton, Luciene Cavalcante, Célia Xacriabá, Áurea Carolina e Fernanda Melchionna. Além deles, também assinou o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros.
*Com informações do Uol.