TERRORISMO

Dossiê revela n° assombroso de crimes cometidos no acampamento do QG em 2 meses

Documento foi apresentado pelo interventor do DF ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, e mostra o antro de ilegalidades que era reunião de golpistas na área militar

Créditos: Redes sociais
Escrito en POLÍTICA el

A equipe do interventor federal no DF, Ricardo Capelli, que foi colocado no cargo por 90 dias após o afastamento do governador Ibaneis Rocha (MDB), em decorrência dos atos terroristas contra a sede dos três poderes em Brasília, no dia 8 deste mês, produziu um dossiê que mostra a quantidade absurda de crimes que foram cometidos no acampamento dos bolsonaristas golpistas instalado numa área militar sob o controle do Quartel-General do Exército, durante seus dois meses de existência.

Capelli entregou o documento, intitulado ‘Relatório de Intervenção sobre os Atos Antidemocráticos’ nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, na sexta-feira (27). O levantamento revela que, de 10 de novembro de 2022, dias após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o então ocupante do Palácio do Planalto que tentava a reeleição, Jair Bolsonaro (PL), até a manhã de 9 de janeiro deste ano, nos momentos que se seguiram ao domingo de terror e selvageria protagonizados pelos bolsonaristas, 73 crimes foram cometidos pelos ocupantes e frequentados das barracas que pediam um golpe de Estado bem nas barbas do mais importante quartel do Exército Brasileiro.

Segundo o dossiê, no período de exatos dois meses foram registrados 19 furtos, 20 crimes contra a honra, 13 crimes de lesão corporal e de vias de fato (brigas), 11 crimes de dano, um de ato obsceno, além de mais nove crimes que não foram especificados no documento, o que dá uma média de mais de uma ocorrência por dia.

Todo o documento é composto por 60 páginas e contém 17 anexos, além de um arquivo com as imagens das câmeras de segurança que registraram todos os ataques terroristas na capital federal. A conclusão do relatório aponta que houve clara falha operacional da Polícia Militar do Distrito Federal, que não agiu conforme o esperado nas ações. O dossiê conclui ainda que os ataques realizados nas sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto foram realizados “por profissionais”, deixando de lado a versão de que “simples golpistas” chegaram ao local e protagonizaram o caos completo que circulou o mundo naquele domingo.