A deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) não se conformou com a decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR). Ela foi denunciada por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.
A decisão foi motivada pela atitude da parlamentar um dia antes do segundo turno das eleições de 2022. Na ocasião, Zambelli, com arma em punho, perseguiu o jornalista negro Luan Araujo pelas ruas de São Paulo.
A subprocuradora da República, Lindôra Araújo, pediu, na denúncia, que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decrete a “pena de perdimento da arma de fogo, bem como o cancelamento definitivo do porte de arma de fogo da denunciada, além do pagamento indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 100 mil”, de acordo com o Metrópoles.
Defesa de Zambelli diz que Lindôra não levou em conta pontos essenciais do caso
A parlamentar bolsonarista disse que seu porte de arma é federal e não de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). As pessoas que pertencem a esta segunda categoria estavam proibidas de portar arma na véspera da eleição.
Além disso, alegou que não foram identificados outros quatro supostos homens que teriam cercado a deputada, o que não apareceu nos vídeos divulgados à época nas redes sociais.
“Espero que o ministro Gilmar Mendes observe os artigos 301 e 302 do Código de Processo Penal, que prova minha inocência, além das diversas provas como a perícia e as testemunhas que comprovam que fui vítima de violência política e agi conforme manda a lei”, declarou Zambelli, tentando justificar sua ação