A ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) foi ao seu perfil oficial no Twitter no domingo (22) para fazer a mais direta, clara, explícita e forte acusação contra o também ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em decorrência da tragédia humanitária da etnia indígena Yanomami, que circula o mundo desde o fim de semana, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitar o estado de Roraima e constatar a existência de um verdadeiro genocídio contra esse povo originário, que sofre com graves doenças, desnutrição em níveis brutais, contaminações e todo tipo de violência imposta por garimpeiros da região.
As fotos dos indígenas, sobretudo de mulher, crianças em idosos, com aspecto famélico e cadavérico, rodaram o mundo e desnudaram a face mais cruel e criminosa do governo que deixou o Planalto há menos de um mês. Dilma afirmou que Jair Bolsonaro é o autor do que classificou também como genocídio, cuja causa inicial seriam as políticas da antiga gestão extremista que privilegiou os desmandos nos garimpos da área.
“Foi preciso que Lula, um presidente da República humano, sério e ciente de seus deveres, visitasse um hospital indígena de Roraima para que viesse à luz em todo o seu horror a catástrofe humanitária a que estão sendo submetidos os Yanomami. O genocídio Yanomami tem provas – 570 crianças desta etnia morreram de fome e de contaminação por mercúrio. Tem motivação – a cobiça de garimpeiros que invadiram suas terras. E tem autor – Jair Bolsonaro, que defendeu a invasão e negou assistência médica aos indígenas. Um povo ancestral está sendo dizimado porque 21 ofícios denunciando a tragédia e pedindo ajuda foram ignorados pelo governo anterior. Lula vai garantir-lhes a necessária proteção. Todos os responsáveis, Bolsonaro inclusive, devem ser processados, julgados e punidos por genocídio”, disparou Dilma na rede.
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