O coronel da reserva do Exército Brasileiro José Placídio Matias dos Santos, que de fevereiro de 2019 a março de 2022 ocupou o cargo-chave de assessor-chefe da Assessoria Especial de Planejamento e Assuntos Estratégicos da Secretaria Executiva do Gabinete de Segurança Institucional, à época em que o general Augusto Heleno comandava o órgão de inteligência, postou pedidos explícitos de golpe de Estado e ameaças no momento em que Brasília era atacada por terroristas bolsonaristas, no dia 8 deste mês.
“General Arruda, o Brasil e o Exército esperam que o senhor cumpra o seu dever de não se submeter às ordens do maior ladrão da história da humanidade. O senhor sempre teve e tem o meu respeito. FORÇA!!”, escreveu o militar dirigindo-se ao atual comandante do Exército numa postagem em seu perfil no Twitter, enquanto os vândalos criminosos destruíam a sede dos três poderes da República na capital federal.
“Brasília está agitada com a ação dos patriotas. Excelente oportunidade para as FA (Forças Armadas) entrarem no jogo, desta vez do lado certo. Onde estão os briosos coronéis com tropa na mão?” diz uma outra postagem do coronel Placídio, no mesmo dia.
Ele ainda teve a petulância de atacar o comandante atual da Marinha do Brasil, o Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, por ter se dirigido a Lula em sua posse, diferentemente do comandante anterior da força naval, que sequer foi à cerimônia, num ato abertamente insubordinado.
“Marinha do Brasil!! Sai um herói patriota, entra uma prostituta do ladrão, com o devido respeito a elas. Venha me punir, Almirante, e me distinga em definitivo da sua estirpe”, disparou o oficial golpista bolsonarista na rede.
Em meio ao festival de reacionarismo, Placídio ainda aproveitou para ameaçar o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, dizendo “sua purpurina vai acabar”.
**Com informações do Estadão.