A Coligação Brasil da Esperança, que apoia o ex-presidente Lula (PT) nas eleições de outubro, ingressou com uma representação contra a TV Record, do bispo Edir Macedo, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A emissora decidiu sozinha não adotar o sorteio como regra para escolher a ordem dos candidatos a serem sabatinados entre os dias 23 e 28 de setembro. A coligação acusa a Record de favorecer Jair Bolsonaro (PL).
O formato é previsto na Justiça eleitoral e tem como objetivo evitar favorecimentos. No documento, a Coligação pede que o TSE determine a realização de sorteio prévio, além de multa em caso de não cumprimento.
A Record, apoiadora de Bolsonaro, decidiu começar por Lula, primeiro colocado nas pesquisas. Depois, o segundo e assim sucessivamente.
A questão é que a primeira entrevista foi agendada para ir ao ar em uma sexta-feira, dia de menor audiência, enquanto a segunda entrevista está planejada para uma segunda-feira, quando tradicionalmente há uma maior audiência do telejornal da emissora.
A Coligação Brasil da Esperança chegou a entrar em contato com a Record para solicitar que um sorteio fosse realizado. Porém, o pedido foi negado.
Coligação pede que critério respeite igualdade de oportunidades entre candidatos
“Em que pese louvável a iniciativa adotada pela emissora, a escolha da ordem de realização das entrevistas deve, obrigatoriamente, adotar critério que proporcione e preze pela igualdade de oportunidades entre os candidatos e a candidata”, diz um dos trechos da representação, assinada pelos escritórios dos advogados Cristiano Zanin Martins, Eugênio Aragão e Angelo Ferraro, de acordo com informações do site de Lula.
A Coligação Brasil da Esperança, que representa a chapa Lula e Geraldo Alckmin, é formada por PT, PV, PCdoB, PSOL, Rede, PSB, Avante, Solidariedade, Agir e Pros.