ELEIÇÕES 2022

DataFórum: Bolsonarismo é derrotado nas redes pelo campo progressista no 7 de Setembro

Todo show de horrores repercutiu fortemente no bolsonarismo, mas Lula teve maior incidência entre pessoas que não discutem política nas redes, o que garantiu a vitória no ciberespaço do Twitter

Bolsonaro em Copacabana.Créditos: Twitter/Reprodução
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Todo o circo de horrores protagonizado por Jair Bolsonaro (PL) neste feriado do Bicentenário da Independência do Brasil, usando a máquina pública e atropelando a Lei Eleitoral, ao subir no palanque de campanha com todo seu ódio numa festa cívico-militar do Estado brasileiro, de acordo com os dados compilados e condensados nas redes pelo DataFórum, até fez com que ele furasse a sua bolha de seu segmento, mas não foi o suficiente para superar as interações do campo progressista. Seus principais players, no entanto, não tiveram o mesmo êxito.

Guilherme Boulos, Lula Oficial, Felipe Neto, desmentido Bozo, André Janones e outros atores que se posicionam de forma contrária às aspirações do presidente de extrema-direita se destacaram em termos de interações, compartilhamentos e engajamentos no Twitter com aqueles eleitores que não falam de política e são mais propensos a mudar de candidato. Houve ainda grande reverberação deles entre figuras do mundo pop e do universo intelectual e midiático brasileiro.

Do outro lado, os nódulos de interações nas redes de figuras bolsonaristas, como seu filho Flávio, Rodrigo Constantino e Tarcísio de Freitas também obtiveram grande repercussão, mas não saindo da bolha habitual para quem tuítam, o que coube apenas ao próprio presidente conquistar. No entanto, não é possível dizer se isso implicou em “dialogar” com novos eleitores, já que muitas de suas menções compartilhadas era sobre imagens e acontecimentos diversos ligados à data nacional. Isso, eleitoralmente, não traz ganhos ao líder de extrema-direita.

A impressão que fica pela análise da nuvem de interações é de que os internautas bolsonaristas e o próprio staff do atual presidente ficaram presos à ideia de conseguirem boas fotos de aglomerações, que serão usadas em breve pela propaganda da campanha à reeleição, ainda que isso não impacte na ampliação de seu arco de eleitores ou potenciais eleitores.