ELEIÇÕES 2022

TSE ordena que Eduardo Bolsonaro tire do ar acusação de que Lula invadirá igrejas

Justiça Eleitoral tenta frear a máquina de mentiras operada pelo 'gabinete do ódio'. Magistrado deu prazo e estipulou multa altíssima para que filho do presidente apague fake news

Créditos: Reprodução/Twitter
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Uma nova decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tenta frear a máquina de mentiras que inunda as redes sociais e espalha fake news para interferir nas eleições deste ano, conduzida pelo chamado 'gabinete do ódio' do governo de Jair Bolsonaro.

Agora, a ministra Cármen Lúcia, do STF e do TSE, determinou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente, retire do ar, em 24 horas, uma informação falsa de que se o ex-presidente Lula vencer o pleito, igrejas serão invadidas e fechadas, e os cristãos perseguidos. Em caso de descumprimento, o parlamentar terá que pagar R$ 50 mil por dia de multa.

“O que se tem é mensagem ofensiva à honra e imagem de pré-candidato à presidência da República, com divulgação de informação sabidamente inverídica”, escreveu a ministra em sua decisão. A ação foi impetrada na Justiça Eleitoral pela Coligação Brasil da Esperança.

“Lula nunca fechou nem vai fechar igrejas. O ex-presidente sempre respeitou todas as religiões e acredita que a liberdade religiosa é fundamental para a democracia, assim como sabe que a liberdade de crença e culto é um direito assegurado a todos os brasileiros”, escreveram os advogados da coligação do ex-presidente, lembrado que o político jamais cometeu qualquer ato contra a liberdade de culto enquanto era mandatário da nação, tampouco manifestou algo nesse sentido durante a corrida eleitoral.