A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (29), às vésperas do primeiro turno, não trouxeram bons resultados para o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) que lidera os índices de rejeição com 52% dos eleitores afirmando que não votariam nele de jeito nenhum, além de ter sua gestão reprovada por 44% do eleitorado que a consideram ruim ou péssima.
Já os eleitores que consideram sua gestão regular são 24% e aqueles que a aprovam são 31%. Desde a última consulta, divulgada na semana passada, a aprovação do governo perdeu 1 ponto percentual para os que acham a gestão regular. Os que a consideram ruim ou péssima permaneceram com a mesma porcentagem.
Em relação aos índices de rejeição, 52% do eleitorado diz que não votaria em Bolsonaro de jeito nenhum. 39% disseram o mesmo do ex-presidente Lula (PT). A rejeição ao atual presidente jamais esteve abaixo dos 51% desde que tais consultas começaram a ser realizadas pelo instituto em maio de 2021.
As razões são diversas: a economia em frangalhos que disparou os índices de desemprego, de endividamento das famílias da chamada classe média, e a insegurança alimentar e retorno do país ao mapa da fome para os mais pobres. Além disso, inúmeros escândalos de corrupção como a compra de imóveis em dinheiro vivo, o escândalo do MEC e a institucionalização do orçamento secreto, para não falar dos esquemas de propina na compra de vacinas, que atrasaram a chegada das mesmas à população. Outra razão para tanto desapreço é a própria postura xucra e insensível do mandatário que, como cansou de dizer o ex-presidente Lula durante a campanha, "não derramou uma lágrima sequer por nenhum dos 682 mil mortos na pandemia" - mas mais do que isso: tentou emplacar uma estratégia nazifascista de "imunidade de rebanho" que contribuiu com milhares de mortes. A rejeição é tanta que nem sequer a locupletação de recursos públicos às vésperas do pleito para turbinar o Auxílio Brasil ajudaram a diminuir o rechaço.
Em dados gerais, a pesquisa aponta que Lula tem 50% dos votos válidos, contra 36% do atual presidente. O resultado mantém aberta uma conclusão ainda em primeiro turno, mas mantém vivas as esperanças petistas de liquidar a fatura daqui dois dias. O Datafolha ouviu 6800 eleitores de 332 cidades brasileiras para esta consulta, entre os dias 27 e 29 de setembro de 2022.
*Com informações da Folha.