A ministra Maria Claudia Bucchianeri, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou nesta sexta-feira (29) que Ciro Gomes (PDT) remova de suas redes sociais um vídeo em que acusa o PSOL de ser financiado pela Open Society, ONG do megainvestidor húngaro-estadunidense George Soros. A decisão é liminar e cabe recurso.
Além do candidato do PDT, o vídeo que mostra a declaração também terá que ser removido das redes sociais do jornal Estadão e da FAAP, que organizaram a sabatina, no dia 21 de setembro, em que Ciro faz tai acusações.
Ao proferir a decisão, a ministra do TSE acatou uma ação protocolada pelo PSOL, que nega receber financiamento internacional e acusa Ciro Gomes de calúnia.
“Quem está financiando essas agendas [identitárias] no Brasil é a Open Society, do George Soros. O PSOL é financiado pelo George Soros. Faz esse discursinho e vai se aliar ao Meirelles", havia afirmado o pedetista.
No mesmo dia, entretanto, o próprio Estadão, que organizou a sabatina, publicou uma matéria em que atesta a falsidade da acusação, informando que não há qualquer registro de doação de George Soros à direção nacional do PSOL ou aos candidatos do partido.
"Trata-se, em verdade, de divulgação de informação gravemente ofensiva à agremiação autora, descolada qualquer suporte fático, e deliberadamente concebida para desconstruir a imagem do referido partido político aos olhos dos eleitores, em especial 'de esquerda'”, escreveu Maria Claudia Bucchianeri em sua decisão, a qual Fórum obteve acesso.
Além da remoção dos vídeos, a ministra ainda concedeu direito de resposta ao PSOL, que deverá ser publicado em vídeo no canal do YouTube de Ciro Gomes.
"Justiça Eleitoral acatou, em decisão liminar, pedido de direito de resposta do PSOL aos ataques promovidos por Ciro Gomes contra o partido e seus dirigentes. Em breve vocês verão minha resposta nas redes de Ciro", disse Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL, após a decisão judicial.