O ex-presidente Lula (PT) continua recebendo apoio formal de ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Depois de Celso de Mello e Joaquim Barbosa, o petista ganhou mais um aliado que presidiu a Corte: Nelson Jobim.
O magistrado declarou, nesta quarta-feira (28), que votará em Lula no primeiro turno, neste domingo (2).
Além dele, é esperada para esta quarta manifestação de apoio ao petista do também ex-presidente do STF, Carlos Ayres Britto. Ele deve divulgar um vídeo para ratificar seu posicionamento, segundo informações do blog de Andréia Sadi, no G1.
Com isso, ambos se juntam a Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Mello, que se aposentou em 2020 após 31 anos na Corte, divulgou nota, na madrugada desta quarta, declarando voto em Lula (PT) e apontando o “elevado coeficiente de mediocridade, destituído de respeitabilidade política” de Bolsonaro.
“Em defesa da sacralidade da Constituição e das liberdades fundamentais, em prol da dignidade da função política e do decoro no exercício do mandato presidencial e em respeito à inviolabilidade do regime democrático, tenho uma certeza absoluta: NÃO votarei em Jair Bolsonaro! É por tais razões que o meu voto será dado em favor de Lula no primeiro turno”, afirmou Mello na nota.
“Bolsonaro não tem dignidade para ocupar um cargo dessa relevância”, disse Joaquim Barbosa
O ex-ministro Joaquim Barbosa, por sua vez, declarou em vídeo: “Em 2018, eu alertei os brasileiros de que Jair Bolsonaro seria uma péssima escolha para a presidência da República. Bolsonaro não é um homem sério, não serve para governar um país como o nosso, não está à altura, não tem dignidade para ocupar um cargo dessa relevância”.
Posteriormente, Barbosa disse que “nas grandes democracias, Bolsonaro é visto como um ser humano abjeto, desprezível, uma pessoa a ser evitada. Esse isolamento internacional é muito ruim para o nosso país. Nós perdemos muitas oportunidades com isso. É preciso votar já em Lula no primeiro turno para encerrar essa eleição no próximo domingo”, finalizou.
A articulação para obter o apoio público de Ayres Britto tem como protagonista o Grupo Prerrogativas, formado por advogados progressistas, responsáveis pelo primeiro encontro de Lula para concluir acordo para que Geraldo Alckmin (PSB) fosse o vice na chapa.