Na Superlive Brasil da Esperança, realizada na noite desta segunda-feira (26), em São Paulo, e transmitida para todo o Brasil pela internet, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dedicou alguns minutos para falar sobre meio ambiente, preservação dos biomas brasileiros e reiterou o compromisso feito em Manaus no mês passado em criar o Ministério dos Povos Originários.
“Vamos cuidar da Amazônia e de todos os nossos biomas, recuperando os órgãos de preservação e fiscalização, como o Ibama, o ICMBio e a Funai - todos voltarão a funcionar em plenitude para que possamos cuidar da nossa fauna, da nossa floresta. E vamos também criar o Ministério dos Povos Originários”, declarou o ex-presidente e principal candidato à ganhar as eleições em outubro.
Antenado com a urgência climática que o conjunto da humanidade – e não apenas o Brasil – vive, Lula aproveitou a deixa para reafirmar seu compromisso de zerar o desmatamento e o garimpo em terras indígenas, entre outras atividades que, somada a seu papel histórico, ganharam ainda mais força nos últimos quatro anos. Muito competente em conciliar partes aparentemente inconciliáveis, o ex-presidente apresentou uma solução para que a economia rural cresça sem destruir os biomas brasileiros e as terras indígenas.
“Não haverá garimpo ou qualquer atividade ilegal em área indígena. Não haverá derrubada de floresta, nem necessidade de colocar mais soja e gado nos nossos biomas. Hoje a necessidade de manter uma árvore em pé é tão ou mais importante do que criar cabeça de gado. Não precisamos derrubar mais árvores. Temos 30 milhões de áreas de pasto degradadas, é só recuperarmos essas terras e poderemos incrementar nossa produção rural sem destruir mais o meio ambiente”, propôs.
Lula ainda prometeu recriar os Ministério da Cultura, da Igualdade Racial e das Mulheres logo que assumir seu terceiro mandato. O ex-presidente considera que são pastas primordiais para a reconstrução do país e que extingui-las teria sido um dos grandes erros do atual governo.