O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, desconversou sobre os ataques que o candidato de seu partido à presidência, Ciro Gomes, vem fazendo ao ex-presidente Lula (PT), líder nas pesquisas de intenção de voto.
Em entrevista à CNN Brasil nesta quinta-feira (23), Lupi não respondeu a uma pergunta de Daniela Lima, que questionou se, assim como Ciro, ele também acha que Lula é "nazista".
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"Cada um tem um estilo de fazer política, estilo de apresentar seu projeto, sua proposta (...) Só se lembram na hora que o Ciro contra-ataca alguma agressão que sofreu e nunca se lembram das agressões", declarou o dirigente, que é coordenador da campanha do presidenciável.
Em entrevista ao jornal Correio Braziliense nesta quinta-feira, ao criticar a campanha que o PT vem fazendo pelo "voto útil" para que Lula vença a eleição já no primeiro turno, Ciro se referiu ao partido e ao ex-presidente como "nazistas".
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"Estou muito chocado com a falta de escrúpulo do Lula e do PT, estou muito chocado, é impressionante. Me sinto como um cara objeto de extermínio. Eles não querem me derrotar: querem me exterminar (...) Não tem respeito, nem pudor. São nazistas mesmo e ficam acusando o Bolsonaro de fascista, que é também", disparou.
Lupi, por sua vez, também criticou o "voto útil" na entrevista à CNN Brasil, mas foi confrontado com o fato de que o PDT investiu na mesma narrativa em 2018, quando considerava que Ciro seria o único capaz de derrotar Jair Bolsonaro (PL). Agora, porém, o dirigente se coloca contra o movimento.
"Esse negócio de voto útil, sempre condenei isso. Para quê ter dois turnos, então? Acho que isso é menosprezar a inteligência da população", declarou.
Sobre um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, Lupi sinalizou que seu partido deve apoiar o petista. "Só te digo uma coisa: como Bolsonaro, jamais. Não existe possibilidade do PDT caminhar com esse profeta da ignorância, esse belzebu chamado Bolsonaro", disse.