O deputado federal Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara e um dos mais ferrenhos aliados de Jair Bolsonaro (PL), usou as redes sociais, nesta quinta-feira (22), para fazer o jogo do chefe do Executivo. O parlamentar atacou e ameaçou os institutos de pesquisas, que apontam a vitória de Lula (PT) nas eleições de outubro.
“Nada justifica resultados tão divergentes dos institutos de pesquisas. Alguém está errando ou prestando um desserviço. Urge estabelecer medidas legais que punam os institutos que erram demasiado ou intencionalmente para prejudicar qualquer candidatura”, postou Lira.
“Não podemos permitir que haja manipulações de resultados em pesquisas eleitorais. Isso fere a democracia”, acrescentou.
Porém, o presidente da Câmara “esquece” que os resultados de alguns dos levantamentos divergem porque existem diferenças nas metodologias e amostragem. A imensa maioria das pesquisas aponta para vitória de Lula.
Após os ataques de Lira, bolsonaristas entraram na campanha e levantaram o tema Paraná Pesquisas, que se tornou um dos mais comentados no Twitter.
Partido de Bolsonaro pagou R$ 2,7 milhões ao Instituto Paraná Pesquisas
A motivação foi a informação divulgada nesta segunda-feira (19) de que o PL, partido do próprio Bolsonaro, pagou R$ 2,7 milhões ao Instituto Paraná Pesquisas no período de pré-campanha eleitoral. Registros do balanço financeiro junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apontam que a legenda usou dinheiro do Fundo Partidário para realizar os pagamentos, o que coloca em xeque a credibilidade do deste instituto e não de todos.,
De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, foram 20 transferências bancárias entre janeiro e julho. As maiores parcelas foram de R$ 787,5 mil, em janeiro, e de R$ 525 mil, em fevereiro. Os contratos foram pagos com recursos do fundo partidário.
As sondagens do Paraná Pesquisas têm indicado empate técnico entre Lula e Bolsonaro, enquanto outros institutos como o Ipec e o Datafolha apontam expressiva vantagem do petista.