Enquanto Jair Bolsonaro (PL) é alvo de protestos em Nova York, no âmbito da Assembleia Geral da ONU, e mantém poucas agendas com lideranças internacionais, o ex-presidente Lula (PT) se reunirá, nesta quarta-feira (21), com representantes do Departamento de Estado dos Estados Unidos.
O órgão, pertencente ao executivo federal dos EUA, é o responsável pelas relações internacionais do país e equivale ao Ministério das Relações Internacionais que há no Brasil e em outros países.
A reunião foi confirmada à Fórum pela assessoria do ex-chanceler brasileiro Celso Amorim, que acompanhará Lula na agenda, a ser realizada em São Paulo (SP). O senador Jaques Wagner (PT-BA) também deve marcar presença.
No encontro, os representantes do Departamento de Estado dos EUA devem defender o respeito ao resultado das eleições brasileiras, cujo primeiro turno está marcado para o dia 2 de outubro. A articulação entre Lula e os norte-americanos se tá por conta das ameaças de Bolsonaro em não aceitar uma eventual derrota.
Na última pesquisa Ipec, de segunda-feira (19), Lula registrou crescimento e apareceu com 47% de intenções de votos totais e 52% de votos válidos, o que lhe garantiria a vitória já no primeiro turno.
Respaldo
Em julho, após a fatídica reunião de Bolsonaro com embaixadores estrangeiros, quando colocou em xeque o sistema eleitoral brasileiro, Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, já havia afirmado que as eleições no Brasil são "um modelo".
“Eleições vêm sendo conduzidas pelo capacitado e já testado sistema eleitoral brasileiro e pelas instituições democráticas com sucesso ao longo de muitos anos. Então, ele é um modelo para nações não apenas neste hemisfério, mas além”, declarou na ocasião.