Por conta de uma brecha aberta na lei que versa sobre os ganhos dos deputados federais, criada em 2015, durante a presidência da Câmara por Eduardo Cunha, uma manobra permite transferir da cota de gastos exclusivos da atividade parlamentar um valor extra de R$ 1.747 para pagamento de aluguel dos deputados, além dos R$ 4.253 a que esses políticos já têm direito, resultando numa benesse total de R$ 6 mil com o auxílio-moradia.
No entanto, apenas seis deputados federais exigiram esse direito e um deles é Eduardo Bolsonaro (PL), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação foi divulgada neste domingo pelo jornal Folha de S.Paulo. Além do rebento 03 do chefe do Executivo federal, os parlamentares Marcos Aurélio Sampaio (PSD), Marcos Pereira (Republicanos), Marina Santos (Republicanos), Nicoletti (União Brasil) e Shéridan (PSDB) são os demais beneficiados.
Segundo o levantamento apresentado pela Folha de S.Paulo, dos 513 deputados, 364 vivem em apartamentos funcionais, 46 pedem reembolso até o valor de R$ 4.253, 42 recebem este valor em espécie, 35 não usam imóveis funcionais e tampouco pedem o valor do auxílio, 20 pedem reembolso maior que os R$ 4.253 e seis recebem o valor extra e acabam sendo beneficiados com R$ 6 mil mensais.