De acordo com levantamento feito pelo Datafolha, a hipótese de que haja violência política no dia da eleição é considerada por 40% dos eleitores. Destes, até 9% avaliam a possibilidade de não comparecer às urnas por conta disso.
A possibilidade de não comparecer às urnas por medo da violência é bem maior entre os eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Dos que admitem o não comparecimento, 10% votam no ex-presidente, enquanto 5% dizem votar em Bolsonaro.
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Já entre os que acham que há chance de violência, o índice é maior entre mulheres (45%) do que entre homens (35%). Também acreditam mais nisso eleitores de Lula (50%, ante 14% que não creem na hipótese) do que de Bolsonaro (26%, enquanto 29% não acham).
Vários crimes
O receio dos eleitores não é desprovido de razão. Ocorreram ao menos dois casos de assassinatos de eleitores de Lula nos últimos meses. O guarda municipal Marcelo Arruda, que era dirigente do PT, foi assassinado pelo policial penal bolsonarista Jorge Guaranho, aos gritos de “aqui é Bolsonaro”, em sua própria festa de aniversário, no dia 9 de julho deste ano.
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Bendito Cardoso dos Santos, de 44 anos, também eleitor de Lula, recebeu 15 facadas de um fanático seguidor de Bolsonaro, que ainda tentou decepar sua cabeça com um machado, numa área rural do município de Confresa (MT), no início deste mês.
Estes dois casos, no entanto, não são isolados. Vários outros ocorreram desde as eleições de 2018. Veja a série de crimes e atentados aqui.
O Datafolha ouviu 5.926 pessoas em 300 cidades, de 13 a 15 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Com informações da Folha