Um homem, que não teve seu nome revelado, foi preso em São Bento, no Alto Sertão da Paraíba. Ele é suspeito de alugar armas para criminosos que praticaram roubos a banco no estado. Conforme a polícia, o investigado tem certificado como Colecionador, Atirador ou Caçador (CAC), o que libera acesso legal a armamentos e munições.
A política armamentista de Jair Bolsonaro (PL) está facilitando a compra de armamento pesado de forma legal por integrantes de quadrilhas, inclusive o Primeiro Comando da Capital (PCC).
O delegado responsável pelo caso, Diego Beltrão, declarou que o homem preso tinha 21 armas registradas em seu nome. Na primeira busca e apreensão feita pela polícia, somente uma foi encontrada em sua casa.
“Esse indivíduo era CAC e utilizava essa prerrogativa para vender munições, emprestar e alugar armas para o crime organizado. Em razão disso, entramos com um pedido de apreensão em sua residência, onde, de 21 armas registradas em nome dele, apenas uma estava na residência", afirmou o delegado, em vídeo cedido à TV Paraíba, afiliada da Globo no estado.
Durante outra busca, agentes da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado recolheram mais oito armas de fogo, entre elas um fuzil.
“Foram recuperadas oito armas, milhares de munições, duas máquinas de recarregar, entre outros objetos. Esse indivíduo foi autuado por porte ilegal de arma de fogo e todas elas foram levadas para a delegacia e estão à disposição da Justiça. O Exército brasileiro será oficiado para tomar as providências cabíveis”, destacou o agente, segundo o UOL.
Registro CAC é facilitado após medida de Bolsonaro
Bolsonaro facilitou a obtenção do CAC. Interessados em conseguir o registro podem se dirigir a um posto de atendimento do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados ou se cadastrar no site do Exército, enviando documentos que, supostamente, comprovam a condição necessária para o uso de armas.
O material é enviado ao Comando do Exército, que analisa a concessão, ou não, do registro CAC.