O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu estender até o final do segundo turno das eleições, marcado para o próximo dia 30 de outubro, as medidas de segurança e prevenção a ataques de extremistas políticos como os adotados durante o último sete de setembro.
O Supremo teve, durante toda a Semana da Pátria, uma barreira física que o separava da via pública, além de reforço no efetivo da Polícia Judiciária e barreira antidrone. A medida foi estendida até o próximo 30 de outubro para evitar que extremistas depredem o Tribunal ou ataquem ministros na reta final das eleições.
Em 2021 extremistas pró Bolsonaro romperam um bloqueio da Polícia Militar e entraram na Esplanada dos Ministérios, onde fica localizado o STF, e protestaram contra o ministro Alexandre de Moraes, relator de uma série de processos contra apoiadores do atual presidente. O último deles, que gerou uma agressiva reação presidencial, foi a autorização de operação da Polícia Federal nas casas de oito empresários bolsonaristas que defendem um suposto golpe de Estado para o caso de uma vitória eleitoral petista neste ano. Além disso Moraes incluiu os empresários nas investigações do inquérito das milícias digitais. Moraes também defende a investigação sobre o próprio presidente a partir do relatório da CPI da Covid.
A violência política da extrema-direita também assusta o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que está preparando um esquema de segurança para seus ministros e servidores durante o período. Já a Corte Eleitoral pensa na possibilidade de mudar a sala de totalização, onde são somados os votos das eleições, para outro local, no caso de perigos reais para o pleito ou seus servidores.
*Com informações do UOL.