O coach Pablo Marçal (Pros) tentou lançar sua própria candidatura à presidência do Brasil neste ano, mas após vê-la barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) resolveu declarar neste terça (13) seu apoio ao atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição. Marçal agora diz ser candidato a deputado federal por São Paulo em seu Twitter.
“É oficial! O Brasil está contra os dois: Lula e Haddad podem correr pra Venezuela porque o Brasil é verde e amarelo. Jair Bolsonaro, você ganhou um general escudeiro e apesar dos seus defeitos eu não tenho vergonha de te defender”, declarou o Coach da Montanha em sua conta conta no Twitter. Na postagem, uma foto com o presidente em evento de campanha desta terça-feira, em São Paulo.
Marçal é o segundo candidato à presidência barrado pelo TSE. O Tribunal considerou irregular a convenção partidária que o escolheu como candidato e decidiu por anulá-la. Além dele, Roberto Jefferson (PTB) também acabou barrado pela Justiça Eleitoral.
O coach declarava ter cerca de 4 milhões de votos, no entanto, de acordo com a última pesquisa Datafolha ele teve 0% de intenções de votos. Na mesma pesquisa, seu novo aliado está em segundo lugar com 34% dos votos e a primeira colocação ficou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que apresentou 45% das intenções de votos.
Pablo Marçal é goiano e se identifica profissionalmente como coach de auto ajuda. Ele teria escrito 25 livros sobre o tema e ganhou notoriedade no último mês de janeiro quando cobrou R$ 3 mil de 32 clientes para escalar o Pico dos Martins, em São Paulo, sem qualquer equipamento ou conhecimento prévio de alpinismo. A ideia do “coach” seria motivar as pessoas a partir da ideia de que a “montanha está na nossa mente” e que seria apenas ter "força de vontade" para vencê-la.
O grupo acabou perdido na região em meio a fortes tempestades e vendavais e a "aventura empreendedora" quase acabou em tragédia, não fosse o resgate do Corpo dos Bombeiros. Em uma live no Youtube feita um dia depois do resgate, Marçal afirmou que “não mandou ninguém subir” e que “cada um estava sob a própria responsabilidade.”
“Eu não mandei ninguém subir. Eu fui na frente. Fui lá, subi e resolvi. ‘Ah, Pablo. E se alguém tivesse se machucado?’ Cada um subiu sob a sua responsabilidade. Só que é o seguinte: é igualzinho a sua vida. Vai vir um monte de protetor de montanha para querer falar o que você tem que fazer da sua vida. Você vai escrever agora: ‘Eu que decido o que devo fazer'”, disse.