“NÃO ENTRO NO MÉRITO”

Vice do PDT afirma que desrespeito a Lula é posição pessoal de Ciro Gomes

André Figueiredo afirmou para a imprensa que respeita o ex-presidente, que seu partido não votará em Bolsonaro em eventual segundo turno e cobrou "respeito institucional" entre PT e PDT

André Figueiredo (PDT-CE). Deputado federal e vice-presidente nacional do partido.Créditos: Reprodução / Câmara dos Deputados
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O deputado federal André Figueiredo (PDT-CE), vice-presidente nacional da legenda, disse à imprensa que seu partido mantém respeito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e atribuiu possíveis declarações desrespeitosas em relação ao petista a “posição individual” de Ciro Gomes, candidato do seu partido à presidência.

Ele declarou à Folha que os ataques e a posição ofensiva a Lula são opiniões pessoais do candidato, que teria suas razões. “Não entro no mérito”, afirmou Figueiredo, e lembrou que, de sua parte, prefere recordar os momentos de convergência com o Partido dos Trabalhadores, sobretudo em episódios vividos na Câmara dos Deputados.

Mas apesar da declaração, que o aproximaria o partido de Lula, Figueiredo se mostrou contrariado com o que considerou um "desrespeito institucional" ao seu partido por parte da campanha petista. Ele argumenta que as candidaturas do PDT estão consolidadas desde 2018 e descarta abandoná-las.

Sobre as acusações de que o PDT estaria fazendo uma espécie de “linha auxiliar” do bolsonarismo nas eleições deste ano, o vice-presidente pedetista foi direto ao ponto e disse que seu partido não vota de jeito nenhum em Jair Bolsonaro (PL) em um eventual segundo turno. No entanto, exigiu mais respeito por parte dos petistas ainda no primeiro turno a fim de formar uma aliança: “precisamos ter um mínimo de respeito recíproco”, afirmou.

Por outro lado, para a campanha petista, é justamente a não adesão dos pedetistas o que dificulta uma vitória em primeiro turno. O PT aposta me vencer o pleito no próximo dia 2 de outubro a fim de afastar de vez qualquer possibilidade de um segundo mandato de Bolsonaro.

Segundo o pedetista, um dos pontos que acirrou os ânimos entre seu partido e o PT foi o lançamento da candidatura de Elmano Freitas ao governo do Ceará pelos petistas, rivalizando com o candidato do PDT, Roberto Cláudio. De acordo com pesquisa Ipec, divulgada na última sexta-feira (9), Elmano passou o pedetista e tem 22% das intenções de votos. A disputa é liderada por Capitão Wagner (União Brasil), que teve 35% das intenções de votos nessa última pesquisa.

*Com informações da Folha.