A Operação Anáfora, deflagrada nesta quinta-feira (1) pela força-tarefa entre Polícia Federal (PF) e Controladoria Geral da União (CGU), apreendeu um fuzil na casa de Washington Reis (MDB-RJ), ex-prefeito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Reis é candidato a vice-governador do Rio de Janeiro na chapa bolsonarista de Cláudio Castro (PL-RJ). Um segurança do ex-prefeito mostrou um registro da arma.
Os agentes da PF também foram à casa do ex-secretário de Saúde de Duque de Caxias, José Carlos de Oliveira. No local, encontraram e apreenderam R$ 700 mil em dinheiro.
A Operação Anáfora investiga suposto favorecimento na contratação de uma cooperativa de trabalho pela Secretaria de Saúde de Duque de Caxias. O contrato e aditivos ultrapassaram R$ 563,5 milhões em pouco mais de dois anos, de acordo com reportagem de Arthur Guimarães, no G1.
O empresário Mário Peixoto também é alvo da ação. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF), após a Operação Favorito, de maio de 2020.
Peixoto é apontado pela Justiça como beneficiário no esquema de corrupção na gestão de Wilson Witzel, que sofreu impeachment após um ano de governo no Rio.
O que dizem os envolvidos
A assessoria de Washington Reis divulgou uma nota, na qual confirma que ele recebeu agentes da PF em sua residência.
“Washington destacou que atendeu aos policiais e se colocou à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários. A polícia fez o seu trabalho, sem nenhum tipo de interrupção ou dificuldade e nada foi encontrado”, diz o texto.
Cláudio Castro, por sua vez, também via nota, afirmou que respeita o trabalho da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) e aguarda os desdobramentos da operação.
A defesa do empresário Márcio Peixoto alegou que a operação “causa perplexidade” e negou as acusações.